Ainda não deixei meu comentário sobre o ranking da Rolling Stone de novembro e antes que alguém fale que não aproveitamos essa "manancial de críticas"...
First of all: enquanto estamos a nos dilacerar por melhores posições para os nossos cantores favoritos, os editores da revista estão nos States recebendo os parabéns da RS internacional, em uma comemoração com a presença de Barack Obama!
Tá mentira... A questão, pequenos camponeses, é que as listas são feitas única e exclusivamente para causar polêmica, ou seja, para vender (siiiiiiim, capitalismo!). É preciso ser um bocado pretensioso para fazer um ranking e a Rolling Stone pode! Afinal, tem muita gente babando ovo para ela. Tô mentindo?
Para iniciar a análise... Credo! Que palavra horrível! Vamos mudar senão ninguém continua: Para esculhambar a Rolling Stone, deve-se admitir tal premissa: Nenhum ranking é objetivo, ou empírico. Mostre-me um ranking que seja a verdade kantiana (AI DONTI SPIQUI ABAUTI RELIDION) que eu te devoro!
Posso me deixar convencer pela lista por três motivos: ressonância, curiosidade e interesse.
A ressonância baseia-se em explorar o universo do leitor, o que ele já acredita e respeita, e usar como base da argumentação. Em outras palavras, ressonância é chover no molhado. Para exemplificar, tem coisa mais coxinha do que colocar Tom Jobim no topo da lista?
Fim da ressonância. Bóra para a curiosidade ou o post vai ficar gigante.
Se eu pensar que o fofo está atrás da batida perfeita, que é uma representação da voz dos morros, que já tocou com Sérgio Mendes e Otto, que isso, que aquilo... Ele é muito bom e merece estar na lista. O leitor da Rolling Stone que já está pregado na parede, aí diz:
"Ah, assim sim!"
Quando há uma coerência entre a personalidade e os atos (quando ele é "O cara") analisados em questão, temos um mito:
"Apesar de você, amanhã há de ser, outro dia..."(Para entender melhor o conceito de curiosidade, ler também os perfis de Daniela Mercury, Mano Brown e Genival Lacerda).
Último de tudo: o interesse. Nesse conceito reúnem-se os publicitários que sabem que as listas vendem e que querem vender os anúncios gigantes que vão na Rolling Stone, mas também a vontade do leitor de um enquadramento de idéias que lhe seja conveniente e gere uma economia de pensamento. O leitor da RS é alguém que tem que trabalhar, estudar, ler Kafka, assistir ao filme do Meirelles e ouvir todas as centenas de bandas novas que a RS apresenta todos os meses (nem vou dizer o que ele faz nas horas que deixa de ser poser) (AAAAAAAAAAIII, ácida!). Acontece que se a RS poupa ao leitor o trabalho de elaborar uma das milhares de opiniões sobre tudo o que ele tem que ter... Ótimo! Economia de muito tempo útil... Afinal, elaborar um ranking musical? Ninguém merece!
1 Responses (Leave a Comment):
gostei da última foto
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