29.10.08

RS 25 - POLÍTICA NACIONAL: Perfil de Garibaldi Alves, Presidente do Senado


O homem é feio, meio pateta e um tanto carismático. Isso resume o que a matéria "Quebra de Protocolo", de Carol Pires, publicada na edição 25 da Rolling Stone Brasil diz a respeito do presidente do Senado Garibaldi Alves.

Começando já com uma anedota – o fora que Garibaldi havia dado ao trocar a palavra metamorfose por “hermafrodita” -, O texto é repleto de relatos quase caricaturais que revelam um homem atrapalhado e meio abobalhado. Destacam-se aspectos simpáticos de sua personalidade (como o hábito de ir a batizados, casamentos e enterros de eleitores e sua simplicidade), mas até aí existe um quê de ridículo.
Apesar de negar que o homem seja bobo (“Nem precisa dizer que bobos somos nós. Se fosse bobo, não era quem é”), logo em seguida vem a opinião de um senador: “Ele é esperto sem ser inteligente”. Forte e desnecessário na estrutura criada para o texto. Soou ruim.

Apesar de sustentada em fatos (histórias), a matéria é toda subjetiva - até em sua ordenação. Segue a linha de raciocínio do próprio entrevistado, abusando do discurso indireto livre, de frases curtas em escrita coloquial e apresentando as coisas na ordem em que foram faladas. Por essa razão chega a ser bastante confusa, apesar de entremeada por algumas explicações sobre fatos que talvez o leitor desconheça.
Leitor este que, na visão da repórter, gosta de rock e deve estar muito mais interessado em boas histórias do que em política. Para ler a matéria, clique aqui.

O glamour de sair de casa desglamourosa ou O jeito Britney de viver

Ok, não nego mais. Também fui tiete da Britney na minha adolescência e ainda gosto de liberar a chacrete ouvindo as músicas dela. Super acompanho nos blogs de fofoca os seus passos e fico ali, torcendo, “go, Britney!” quando ela passa por maus bocados. Não chego ao nível de “Leave Britney alooooone”, porque né? Mas torço por ela.

Um aspecto em especial que me causa admiração, porém, é o seu glamour do dia a dia. “Oi? Ela sai toda perebenta, descabelada e mal vestida”, vocês provavelmente dirão. Mas, meus caros, é exatamente aí que mora o luxo.

Ela pode. É poderosa, não importa que trapos esteja usando. Continua sendo a Britney, no matter what. Quantas estrelas de Hollywood não fazem o mesmo? Quando é hora de ser chic, elas são. (ok, Brit nem tanto) Mas pra que ficar se montando toda só pra ir pegar um frapuccino na Starbucks ou comprar chiclete na loja ao lado da sua casa? E olha que elas até teriam motivo pra se arrumarem, já que há sempre um monte de paparazzi as seguindo. Britney que o diga. Já vi vídeos dela comprando café, em loja de bebê, num posto de gasolina, malhando. E ela não tá nem aí. You go, girl!

Opa, vamulá


Admiro. Corajosíssima. Porque não é fácil ser uma garota. Estamos sendo julgadas o tempo todo. Então é ótimo pode mandar tudo para o inferno e resolver ser livre. Nada de ficar passando corretivozinho, nada de passar preciosos minutos escolhendo a melhor roupa e deixando o cabelo perfecto para ir à padaria. Banho vale, porque também não é o caso de liberar geral e deixar a higiene de lado, néam? Isso não é nada diva. É sempre de bom tom sair por aí cheirosinha e limpinha. As perebas da Brit não são muito glamourosas.

O fato é que não importa que pareça que tenhamos acabado de sair da guerra. A correria e o stress que a gente enfrenta todo dia não deixam de ser um pouco disso. Então acho chic esse desglamour. A gente pode também .


Você pode também, gata!

17.10.08

Visões da Cidade

Quer algo mais clichê que a Av. Paulista quando se fala de São Paulo???

São Paulo, a terra da garoa, terra que tem gente boa... e que gosta de trabalhar. Se você foi criado ouvindo Xuxa, como euzinha aqui, então com certeza já escutou esse refrão (e já deve ter ficado com ele repetindo na sua cabeça, tal qual uma das músicas do Bon Jovi ou do U2). Se não, com certeza, já escutou e/ou viu algum clichê relacionado a essa linda megalópole.Bem, a edição de aniversário da Rolling Sotne desse mês (RS25) veio com uma revisitnha a mais, um guia do "Melhor de São Paulo", feito por ninguém mais, ninguém menos que... Alice.

Não, não essa (por falar nessa aí, tenho que comentar sobre a existência de uma foto em que uma das blogueiras do Amplifika personifica essa personagem mítica da Disney e do Lewis Carrol)! A Alice em questão, também não é a Alice Braga, embora tenha bastante a ver com isso de audiovisual. A Alice , dona do guia distribuido junto com a revista, é a personagem principal da série...Alice, produzida e reproduzida pela HBO Brasil:


"série inédita realizada em parceria com Gullane Filmes, produtora responsável por Bicho de Sete Cabeças. A direção geral é assinada pelo cearense Karim Aïnouz, conhecido por sucessos como O Céu de Suely, e pelo baiano Sérgio Machado, que tem no currículo filmes como Cidade Baixa. O novo produto faz parte de uma estratégia do canal de aumentar cada vez mais as produções nacionais.


Alice conta a história da personagem homônima que sai de Palmas, Tocantins, depois do pai se suicidar e vai para São Paulo receber uma pequena herança. Ao chegar na metrópole, a protagonista descobre um mundo nunca antes visto, conhece novas pessoas, vivencia diferentes emoções e, por isso, decide ficar mais tempo na capital paulista. "
(retirado de : http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=4802)

Você deve estar se perguntando, por que, raios,eu não escrevi uma resenha da série por mim mesma? E eu respondo prontamente: porque nunca assisti a um capítulo dela! Não tenho HBO , nem em casa, nem na república! Escutei falar muito por cima sobre a série.E, mesmo com a sua estréia, não escutei nenhum comentário sobre ela, nem mesmo a mídia falou tanto dela, o que pode significar duas coisas; 1. só tenho amigo pobre que não tem HBO ou 2. a série não fez lá tanto sucesso. A primeira opção pode ser bastante verdadeira, porém, creio que a segunda prevaleça.(eu sei que esse argumento é falacioso, mas ... não tirem o seu mérito!)

Então, fica a pergunta : Por que a Rolling Stone resolveu fazer um suplemento sobre uma série que não tá fazendo algum sucesso??Por quê? Resposta única e válida: porque a série é .... hyppe. Porque é algo cult, foi filmada e dirigida por diretores de filmes brasileiros que foram aclamados pela crítica, fala sobre São Paulo, a nossa própria megalópole global, a nossa própria Nova York. Uau, a série é quase um... Sex and The City!!

Escutei falar que um Nova-yorkino fica fulo da vida quando se diz pra ele que a visão que você tem da cidade dele veio de Sex and The City ou de Friends! Posso entender o estresse com os clichês!

O que nos leva ao começo do post, em que falei sobre São Paulo. Antes de falar sobre o suplemento da revista em si, preciso falar da minha relação com Sampa (sim, eu vou virar o Diogo Mainardi um dia!). Sou paulista, mas não paulistana. Nasci em Santos, litoral. E viajava ocasionalmente para São Paulo, para emocionantes eventos sociais...ok, bem menos... eram apenas festas de aniversários dos meus priminhos e/ou tios. Embora já tenha vindo fazer um passeio bem coxinha que começou no Mercadão e terminou no Parque do Ibirapuera em baixo de um frio de raxar. Bem, para mim São Paulo era a cidade da cultura, a cidade em que tudo acontece, o lugar em que tem as melhores baladas, os melhores shows, as melhores cabeças pensantes ou não, os caras mais gatos. Enfim, era quase minha Pasárgada!

Passei na USP (felicidades pra mim!), e passei também a ir mais pra São Paulo que nunca. Lógico, a minha faculdade agora é lá(ou aqui, não sei aonde lerá esse post!). O que acabou resignificando todas as minhas idéias e todo o meu recorte sobre a cidade. Isso quer dizer que, peguei todos aqueles pensamentos que tinha e comecei a falar um "Not thaat much!" pra eles. No começo desse ano me mudei pra Sampa, e agora, com quase um ano morando nessa cidade, posso afirmar que.. ela não é todo esse Glamour.

Glamour que a mídia tenta perpetuar sempre, seja em forma de imagens ou de palavras imagéticas. Isso tudo mexe com o imaginário daqueles que nunca colocaram o pé nas calçadas, que no momento passam por uma reforma enoorme, da av. Paulista. E isso nos faz voltar (a mestra em pensamentos circulares!!) para a Rolling Stone e seu suplemento! A idéia dele é mostrar a visão da cidade a partir da personagem Alice.

Comecemos do príncipio, e quando chegarmos no fim, paramos (só para parafrasear a Alice-Disney). A "revistinha" não é assinada. Isso não é um choque tão grande, tudo bem as matérias não serem assinadas. Mas, o suplemento não tem nem o expediente. O que me faz pensar que... ele foi criado por fantasmas camaradas. Ou... que foi coisa da HBO de fazê-lo! Como odeio teorias conspiratórias, prefiro a idéia de que fantasmas legais e super hyppes escreveram as (cof-cof) matérias.


A primeira página da revista contém uma "carta" assinada pela personagem, e contém o email dela, embaixo da assinatura! Me pergunto se alguém mandará um email pra personagem reclamando sobre o que ela escreveu. Dessa parte destaco o último parágrafo : "Nas próximas páginas, segue uma lista de shows, lojas, clubs, bares, restaurantes e dicas.Um guia para ajudar aqueles de primeira viagem, como eu, a entender e estender, ao máximo, a sua passagem por aqui [São Paulo].E, para aqueles que são daqui, espero que minhas dicas possam ajudá-los a sorrir nesta metrópole que não pára nunca. Prepare-se para ser arrebatado ao infinito." Atente a frase em negrito: sim, isso é um clichê! Uma idéia fixa de que São Paulo é uma cidade que não dorme, logo, todos os seus habitantes não dormem! Isso...amigos... é uma falácia! Falácia de Pressuposição! Na falta de uma premissa, usou-se essa pressuposição sobre a cidade de São Paulo! O fato da cidade ter muitos bares e baladas não indica que ela nunca dorme, visto que, por exemplo, o metrô pára de funcionar durante a madrugada! São Paulo não é por inteira.. 24 hrs ligada!

Na segunda página, o "índice", já se percebe que a São Paulo que será mostrada nesse Guia não é a "verdadeira", não é a complexa São Paulo de mais de 10 milhões de habitantes, é a São Paulo superficial dos turistas e do imaginário das pessoas que não moram lá. É a faceta bonita de Sampa. Esse não é o problema do Guia, até porque, se pensarmos que se trata de uma revista existente em todo o país, o guia tem que ser bastante... turístico. O que incomodou foi a intenção dele! Um dos textos do índice contém a seguinte frase : "A São Paulo que você descobre dia a dia, lugar por lugar, esconderijo por esconderijo." Quando, na verdade, se trata de um guia como outro qualquer da cidade. Ele não vai apresentar para a gente um lugar super-obscuro da cena paulistana, não vai mostrar aquela rua linda que ninguém conhece ou uma galeria de arte com novos quadros de novos pintores da cidade. Não! Ele vai mostrar pra você o que todo mundo já mostrou: Parque do Ibirapuera, Galeria do Rock, Sebo do Messias, Brechó Minha Avó Tinha e o Studio SP! Até eu que não era de São Paulo conhecia esses lugares, antes mesmo de passar na USP!!!

Parque do Ibirapuera : um dos Esconderijos de São Paulo, segundo Alice.

Esse conflito de discursos acontece bastante na própria Rolling Stone, revista, que se diz uma porta voz do mundo da música, ou melhor, de "Tudo o que importa!" (slogan da revista!), quando apenas, mostra apenas o mundo do pop. E, se a gente for pensar bem, acontece com a maioria dos meios jornalísticos. Alguns proclamam-se donos da verdade, quando se empenham em mostrar uma pequena parte dela. É o que mais me irrita no jornalismo, esse misto de hiporcrisia e esquizofrenia!

Vamos às páginas seguintes, a primeira parte é o "Guia SP", o título dessa matéria é "Mil Lugares". O que corrobora a minha opinião escrita alguns parágrafos acima, de que, eles tão MENTINDO. Já que mostrarão os lugares mais conhecidos da cidade. Os textos parecem bastante com releases , mostram onde ficam os lugares o contato para eles. E.. os "mil lugares" escolhidos foram ...12: o Sebo do Messias, a Galeria do Rock, Studio SP, Clube Berlin (uma baladinha do centro/barra funda, perto da casa de uma das blogueiras do Amplifika, by the way), Ibotirama (um boteco da Augusta) , o Parque do Ibirapuera, a Feira da Benedito Calixto (essa é perto da minha casa), Lanchonete da Cidade, Brechó Minha Vó Tinha, Milo Garage ("uma das noites mais simpáticas da cidade", na Consolação), um bar da Praça Roosevelt, e o CB (uma cervejaria da barra funda). Analisem que a gama de lugares não beneficiou lugares como..a Zona Leste, ou até mesmo o tão famoso Itaim Bibi.Opa, acho que não eram tantos "esconderijos" assim! Esse guia inteiro acaba criando uma "Falácia de Divisão", pois ele pega umas partes da cidade e mostra como se fossem toda ela!!

Mas... o melhor, quer dizer, o mais engraçado, ainda está por vir. A próxima sessão se chama "P&R", e se trata de (nossa nem sei como escrever isso sem parecer muito patético) uma enstrevista com a personagem!!!!! Por favor, entendam toda a minha ironia ao escrever isso! Não tem como não ser irônica ao pensar que gastaram páginas e diagramação, numa entrevista com uma... personagem fictícia. Se ainda fosse uma entrevista com a Alice do Carrol, ainda ía. Certeza que esta falaria coisas muito mais interessantes que aquela (como por exemplo, poderia me explicar qual era a sensação de mudar muitas vezes de tamanho.. e de cantar com as flores...)! Quer dizer, esse suplemento fez algo que nem aquelas revistas à la "Minha Novela" fazem! É um tipo de promoção desnecessária à série. Sem contar que não é nada jornalístico, já que, não se trata de uma entrevista com uma pessoa real! É apenas uma forma "diferente" de se re-e-contar o enredo da série. Enredo que já é mostrado a exaustão durante a "revistinha".

Próxima sessão: "Top 20", com os SETE melhores shows que ocorrerão na cidade. Eu juro que prefiro não comentar sobre esse erro. Nem sobre o erro de eles não terem colocado o número 6 no box "Mais sensações", usando o numero 3 de forma repetida! Quero , antes de tudo, destacar as últimas frases da linha fina desta sessão : "Quer dançar? Impressionar? Comprar? Fazer amigos? Causar boa impressão? Siga o caminho da felicidade" Assim, isso fora de contexto parece uma chamada da revista Capricho.

Novamente, observa-se a presença de textos parecendo releases sobre as bandas que farão os shows. Agora, um detalhe, além de dizer quando e o contato dos lugares onde acontecerão os shows, eles colocaram um link do MySpace das bandas/artistas, o que é bem legal, e colocaram... um tópico diferente em cada artista. Por exemplo, sobre o show do Kanye West, tem o quando, o ouça agora, e um... "vista-se" com a indicação de uma loja que tem roupas parecidas com o estilo do cantor. Sim, eles conseguiram colocar mais um espaço para vendas. Esse guia todo parece uma grande propaganda, contendo dentro dela, pequenas propagandinhas. A grande propaganda é, logicamente, da série, e as pequenas, são desses lugares. As ligações entre o artista e os lugares são forçadas. Na parte do show da KT Tunstall, tem um tópico chamado "Sua Trilha", com uma propaganda da 2001 Vídeo!! Juro!! Existem sim tendÊncias falaciosas nessas ligações um tanto incoerentes, o que o Marcelo Camelo tem a ver com o MAM??

Próximas páginas, contam com uma crônica/narrativa . A sessão se chama "12 horas". O nome do texto é "Aquela Noite- A saga de Alice à procura de baladas". Sobre o texto, não falarei nada. Agora, sobre os lugares em que Alice está no texto, posso, com certeza falar. Porque são lugares que vou! Ela começa o texto no cruzamento da Av. Paulista com a Rua Augusta, ela desce a Augusta, vai até o Espaço Unibanco"ponto de encontro de cinéfilos em busca de novidades e uma certa paquera", qualquer cinéfilo de Sampa sabe que o verdadeiro cinema em que eles estão reunidos é o HSBC Belas Artes, ali perto, na Rua da Consolação, ela pára para comer n´O Pedaço da Pizza (lugar ótimo, se quer saber) , ela entra no Center 3, no Multiplex Playarte Bristol, onde toma um café na Starbucks, volta para ver o filme, enfrenta uma fila, depois vai para o Studio SP, lá embaixo da Augusta. E de lá, vai tomar café no BlackDog. Se alguém me disser que dentro desse passeio todo existe alguma poesia, vai ter que me mostrar a poesia com todas as letras. Eles tentam mostrar a noite da cidade como algo excitante e novo, como... algo cosmopolita. Talvez por se tratar de um local que sempre vou, esse texto teve o efeito contrário em mim, me deixando com mais raiva desse exagero para com a noite da cidade.

Rua Augusta: o lugar onde tudo [???] acontece

Na sessão seguinte, temos dicas de filmes que passarão na 32º Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Evento em que, impressionantemente, Alice começa a trabalhar na série. Essa parte aparece com uma seleção de quatro filmes que você "tem que ver" na Mostra. É muita presunção achar que eles sabem o que é bom dentro de uma Mostra enorme. Mas, considerando que eles já ditaram aonde você deve ir de dia e de noite em Sampa, acredito que mais um tipo de dica não fará mal a ninguém.

Logo após essa parte "Filmes-cult", temos a sessão "Álbum", sob o título "Olhares", temos fotos clichezentas de pontos turísticos de São Paulo. A única foto com um ponto de vista mais ou menos diferente do convencional, é a foto da Avenida São João. Inclusive que podia ficar horas escrevendo sobre como essa música "Sampa" molda olhares sobre a cidade. A avenida Ipiranga com a São João é apenas mais uma de milhares de esquinas de São Paulo, mas, como aconteceu com a própria cidade, ela foi mitificada. Nesse suplemento conseguimos ver a força que é o mito da cidade de São Paulo.

A próxima, e penúltima parte, mostra a ficha técnica, com a galera dos bastidores da séries. Então, tem-se as fichas técnicas mesmo dos atores e diretores da série. E, como um caso de hipermídia, é a série falando dela mesma. Num guia escrito pela personagem, ela deixa as ultimas paginas para falar daqueles que a criaram, daqueles que estão por trás de sua realidade falsa. A revistinha acaba então, de maneira circular, com uma sessão chamada "Ressaca", com algumas dicas de Alice (10, para ser mais clara, e mais clichezenta) para o dia-seguinte após a bebedeira. É o primeiro toque de humor que temos na revista inteira, pena que é só no final dela!

Bem.. a conclusão que cheguei: o mundo tá se acabando, o meio ambiente se esvaindo, e a Rolling Stone desperdiça papel com um guia que não serve para nada, além de promover uma série que já está acabando na HBO! Esse guia não serve para pessoas que não moram na cidade, já que mostra lugares que elas nunca irão, e lugares conhecidos demais; e não serve para alguém que mora , efetivamente, na cidade, porque ele repete informações já sabidas de forma ...forçada. É como uma grande propaganda, como eu já disse alguns parágrafos acima.

Para encerrar, tenho uma idéia pra Rolling Stone do mês de Novembro: fazer um guia do Leblon, escrito pela Helena de "Mulheres Apaixonadas", aproveitando o fato de a novela estar passando no Vale-a-Pena-Ver-De-Novo.


Beijosmeliguem vocês da Rolling Stone!

9.10.08

EXTRA! EXTRA! (será que o Amplifika entrará nessa???)

Rolling Stone Brasil comemora aniversário de 2 anos

Serão dois mil convidados e muito rock’n roll na festança do ano

A Rolling Stone Brasil (www.rollingstone.com.br) vai completar dois anos este mês e seu aniversário não vai passar em branco. Serão dois mil convidados presentes no HSBC Brasil no dia 14 de outubro e quem não for, vai se arrepender.

Este ano o tema da festa será “Atitudes que mudaram o mundo”. E dentre as atrações da noite, estão a perfomance do DJ revelação Bo$ in Drama, show com a premiada banda NX Zero e a grafitagem ao vivo promovida por especialistas nessa arte, o grupo Opni. Os convidados ainda poderão participar de uma disputa virtual do game Rock Band. Haverá ainda a apresentação ao público da nova guitarra de Sérgio Dias, líder dos Mutantes. Desenhada pelo próprio artista, a Kier é toda folheada à ouro por dentro e por fora. O auge da noite será o show da cantora britânica KT Tunstall, que se apresentará exclusivamente no aniversário da Rolling Stone antes de iniciar sua turnê pelo Brasil.

A festa é exclusiva para convidados e tem início marcado para às 21h, mas com tantas atrações é impossível prever o fim da comemoração.

A edição especial comemorativa da revista seguirá o padrão rock’n roll da festança, e além de trazer as capas mais famosas da Rolling Stone ao redor do mundo, trará matéria especial sobre as personalidades pop que fizeram a diferença com suas atitudes. Não perca!

Os bares estarão servidos com cerveja SOL, um dos três Patrocinadores Master da festa. Junto com a Gillette que distribuirá Prestobarba aos convidados, além da Sony Ericsson que terá promotoras circulando pelo ambiente e mostrando os produtos. Entre os Patrocinadores Plus estão HSBC, Mcdonalds e Havaianas, que para os pés mais cansados de tanto curtir a festa, disponibilizará estilosas havaianas customizados. O evento conta ainda com os colaboradores Club Social, Pringles e HP, que terá display de produtos. A marca Timberland também apresentará a linha de produtos Jardins para os selecionados participantes.



Paula Morelenbaum


Nos anos 80 ela começou a carreira no grupo vocal Céu da Boca e logo foi convidada para cantar na banda de Tom Jobim, Quarteto Jobim -Morelenbaum.

Em carreira solo há 14 anos, a carioca Paula Morelenbaum acaba de lançar no Brasil seu terceiro CD solo, Telecoteco – Um sambinha cheio de bossa..., que já tinha sido lançado em junho no Japão.

"Fui atrás de composições pré-bossa nova, dos anos 40 e 50", conta a cantora que levou mais de um ano para escolher o repertório de 12 músicas. Uma das mais interessantes é O samba e o tango, gravada por Carmen Miranda em 1937. A versão de Paula é um pouco curiosa, quem assina os arranjos é o músico uruguaio Juan Campodónico (Bajofondo).

"Quando o Juan esteve no Brasil me disse que queria gravar uma música brasileira. E eu também estava a fim de colocar o tango e outros elementos que influenciaram a bossa nova no meu disco", conta ela que fez a base da voz, violão, bateria e percussão e mandou para o músico criar os arranjos.
O resultado você ouve aqui.


(Universal, R$ 28)

6.10.08

Singing in the rain


Hoje é meu aniversário. Parabéns para mim!


Mas, isso não muda o fato de o dia estar chuvoso, frio e úmido. Por isso, não posso ignorar o dia lá fora. E, neste post preguiçoso, colocarei idéias variadas de Músicas para Dias de Chuva (gente, como isso é um blog, posso ir até aonde as revistas não vão. Eles não pensam em momentos, pensam em grandes áreas de tempo. Então, nas revistas de moda existe o Verão, o Inverno e a Primavera. Mas, se tivesse um blog falando sobre moda, o que nunca poderia acontecer se não daria dicas sobre acessórios demais para as pessoas e elas não me levariam muito a sério, tentaria colocar "idéias de roupas para uma noite quente" ou "vestidos para uma tarde mais ou menos").

Jornalisticamente falando, minha apuração não foi das melhores. Perguntei pra amigos e quando percebi que o gosto deles não ia até aonde eu queria, procurei um dos deuses da internet quando se fala sobre música: Last.fm . É mais ou menos assim que este site funciona: você coloca o nome do seu artista, ou dá uma tag ou dá um estilo, e eles montam uma rádio para que escute as músicas parecidas com o que pediu! Uma bela maneira de se descobrir músicas novas! Ou, no meu caso, uma ótima saída para que eu consiga escapar da Mono-beatlenice (é o que tende a acontecer quando a banda que se ama é uma e várias ao mesmo tempo, que nem Mário de Andrade, que é 300 , 350 ...) que eu tenho!


Comecemos com a primeira música que vem a minha cabeça quando penso em dia chuvoso, ou quando estou em um: Banana Pancakes de Jack Johnson!

*Por que é de chuva? Já no começo da música quando ele canta "Can´t you see that is just raining, ain´t no need to go outside....". Pronto.
*É recomendada para um dia de chuva em que você está preguiçosamente deitado. Sabe quando chove nas férias??

Outra música, que é super de chuva, isso também por causa do clipe: Yellow, do Coldplay!

* Por que é de chuva? O ritmo dela faz lembrar a chuva caindo. Essa foi a primeira música de sucesso do Coldplay. Tem tudo que eles sempre mostraram depois: ritmo mais ... Baladinha e uma letra que parece confusa, mas no final das contas, é profunda!
* É recomendada para um dia de chuva fina, fria e chata. Se tiver escutando em um Ipod e/ou MP3, andando por qualquer rua, melhora!


Músicas números três e quatro : duas da fofa da Feist (toda vez que penso em Feist penso em fofice, acabo eclipsando o fato dela ter cancelado, de última hora, os shows dela no Tim Festival do ano passado. Tudo bem! Não queria ver ela mesmo!!! O Arctic foi BEEEEM mais legal!! ) My moon, my man e Inside and out .

*Por que são de chuva? A voz da Feist, por si só, já pede uma chuvinha leve. Ela tem uma voz doce e levemente lenta, o que faz com que essas duas músicas, apesar de um tanto diferentes, se coloquem como perfeitas para se escutar num dia de chuva!!
* É recomendada para um entardecer chuvoso. Na cidade. Lógico! Boa também para ser escutada quando se trabalha (isso se : a) o seu chefe deixar ou b) vc for bastante discreto e escutar silenciosamente).


A próxima tem uma pegada diferente das de cima: Only Happy when it Rains, do Garbage. Apesar do vocal feminino!

* Por que é de chuva? Além da palavra chuva no título, a letra te convence de que os dias chuvosos são melhores! E o ritmo não é lento, como se é de imaginar. E como a maioria das músicas dessa falsa-lista.
* É recomendada para quando se começa a chover do nada. E você está sem guarda-chuva!


A seguir, vem uma mais calma. E bem mais down : Winning Battle, Losing War, do Kings of Convenience.

*Por que é de chuva? A batida e o ritmo remetem a uma chuva como a que está caindo agora. Com muita água em muitos pinguinhos pequenininhos!
* É recomendada para.... Hoje! Rsrs!! Como já dito, acima.


Agora, direto da Last. fm : New England Rain, de Matt McIntosh.

* Por que é de chuva? A música remete a um som ... Urbano. Não quero soar meio chata falando isso. Mas é verdade. A bateria dá o tom como se fosse os pingos da chuva!
* É recomendada para se ouvir naquele trânsito que fica quando chove... Se puder, escute-a o bastante para saber a letra, e cantar junto, dentro do carro e/ou no ônibus. Embora, a segunda opção te faça parecer bastante idiota!


Saindo das baladinhas, entrando na doidona do Iron Maiden, Rainmaker .

* Por que é de chuva? O refrão é forte , assim como uma tempestade. Uma tempestade já anunciada. É mais ou menos assim que vejo o Iron Maiden, para falar a verdade. Raios, trovões, guitarras e um cantor cantando em uma voz assaz fininha (não que isso seja ruim, visto que Paul McCartney também dava uma dessas de cantar em voz fina).
* É recomendada.... Para quando se quer tomar chuva. Quando tá muito calor, e se escutam os trovões, depois de dois segundos, a chuva cai, trazendo alívio.


Falando em Paul McCartney, coloco por último, a música dos Beatles, Rain !

* Por que é de chuva? O ritmo dela, e toda a progressão musical dela foi feita para se lembrar da chuva caindo. Pode parecer clichê colocar essa dos Beatles para ser uma música "chuvística", mas ela é perfeita! Em algumas partes da música, a voz do Lennon oscila com o tocar da cítara por trás. Essa música tem cara de George Harrison.
* É recomendada para ver a chuva cair, da janela de casa. Ou de algum sítio. E para se sentir o cheiro da terra molhada subindo.


Bem, pessoas, é uma pequena listagenzinha. Quem tiver mais idéias, por favor, comente!

E, para terminar, e animar os nossos dias:



Aleluia!!!

4.10.08

Os Desafinados

Os Desafinados de Walter Lima Jr. está nos cinemas e ao invés de fazer eu mesma uma crítica do filme, utilizo da crítica da Rolling Stone para explicar qual foi (também) minha impressão do filme:





“(...) utiliza de uma fórmula batida, ainda que quase imbatível: a do 'filme de banda', que mostra música às voltas com o sucesso iminente e enfrentando conflitos internos e suas próprias limitações. (...) O único pecado do filme, talvez, seja sua duração excessiva.”

Rolling Stone – Filme – Por Pablo Miyazawa

Concordo, mas acho que a Rolling Stone amenizou a crítica. Talvez por ser de Walter Lima Jr., ou pela atuação de Rodrigo Santoro, ou por Selton Mello, ou por ser Bossa Nova e o gênero estar comemorando 50 aninhos, ou mesmo por se tratar da elite da música brasileira, acontece que o filme é bem fraquinho... Mesmo para o dito cinema cult... Ele é deveras longo e as cenas não são instigantes, ou mesmo necessárias para o filme.


Será que seria para manter o “dubitundaaauuu” da bossa? Acho que não... O destaque muito maior ao personagem de Joaquim (Santoro) acabou menosprezando o restante da banda, que tinha personalidades incríveis e marcantes, com histórias até mais divertidas do que o romance blé do casal formado por Santoro e Claudia Abreu. Romance que dava o tom da bossa e das músicas, mas que podia ser melhor trabalhado com menos tempo. Parece que foi o filme de “Joaquim e sua banda”.

Outra coisa: que final foi aquele? Realmente podia ter ficado sem ele, pois pelo menos a crítica em relação a duração não existiria! Não vou contar o final, ok? Tirando isso... Assistir a filmes com música é seeeempre bom! Mas, já é esperado este tipo de comentário de um blog de música...

Obs: Este post é parcial e falacioso e baseia-se unicamente na minha impressão sobre o
filme. Para comprovar, utilizo o exemplo que foi utilizado na minha argumentação:


“Será que seria para manter o “dubitundaaauuu” da bossa? Acho que não...”


Trata-se claramente de uma falácia: (considerações não-racionais de caráter persuasivo). O tipo de falso argumento que utilizei é claramente uma Pergunta Complexa, pois até eu mesma após ler este absurdo tendencioso e cruel, fiquei muito tempo tentando entender a complexidade da
palavra “dubitundaaauuu”. Muito complexo.

Não confie em mim e vá assistir ao
filme você mesmo!

Para ler se (realmente) não tiver o que fazer

“Posso fugir/ e me esconder/ Até ter medo de.../ te dar meu coração/ já não posso mais/ me enganar/ quero você pra mim/ vivendo um amor sem fim”. Sabe de que música estou falando?

Não?

Então, dica: lembre-se daquela fofa de marias-chiquinhas no colégio e assim que bate o sinal ela dá piruetas no meio do pátio?



Reconheceu a música com a dica?

Ainda não!?!?!
Pois bem... Então, pule para a faixa Sometimes do álbum Baby One More Time de Britiny e tente cantar o trecho acima no ritmo do refrão! Pegou??

Sim, sim! E adivinha quem fez a versão?
Kelly Key!!!






A eterna ex de Latino está com um CD novo e já está trabalhando em diversas faixas. Algumas pérolas? O Tempo Vai Passar, Indecisão (a versão da música de Britney Spears), Você é o Cara, Superpoderosa e Você Para Mim, música da Fernanda Abreu.

Florzinha... Ouvi o CD a semana inteira pela manhã... Decorei várias músicas! Então, vamos para as impressões:

1) "Hei, hei! Os homens são todos iguais
Hei, hei! Uma noite e nada mais
Hei, hei! Nós somos diferentes
Curtimos sim, mas pensamos lá na frente!
Nossa fila anda! "

Isso me fez pensar: ainda bem que temos a Kelly Key para representar a visão das mulheres! Quando eu brigar com meu namorado de 14 anos, vou me lembrar de cantar isso para ele!

2) Os arranjos do CD são tão bons que é difícil acreditar... Realmente, muito pops... A voz da fofa continua a mesma.

3) Encarte do CD com agradecimento final à Dany, a assessora. E realmente tem muito a agradecer, gata! Kelly Key embarcou na onda Britney-versão-teen de vez! E realmente é o mais próximo do que temos da vertente pré-adolescente norte-americana, já que Wanessa Camargo e Sandy tentam exaustivamente provar que são mulheres, simpáticas, saudáveis, bem-resolvidas, ecológicas, não-fumantes... Acertou, mas precisa parar de tatuar namorados... Ou só vai sobrar tranqueira para ela:



Portanto, recomendaria o CD para todas as meninas de 11 e 12 anos que foram chutadas por aquele cara menor que você da sexta-série e que roubou sua presilha!

Se jóóóóga, fia!