O cenário de música indie no Brasil e no mundo vem crescendo cada dia mais. As bandas que não possuem contrato com grandes (ou pequenas) gravadoras e, por isso, não produzem em larga escala, acabam sendo responsáveis por todo o processo de produção e divulgação do próprio trabalho. Com a ascensão da pirataria, a disponibilização de músicas para baixar na internet, além da utilização da própria web, como meio principal de divulgação, o movimento independente está ganhando voz e visibilidade no mercado fonográfico.
Diferente dos artistas dessa maré libertária, as gravadoras só pensam em três coisas: lucrar, lucrar e lucrar. Ela estuda o que está em alta e aplica nas bandas contratadas. Por exemplo, se franjinha caída no olho, bracelete preto de pinos e all-star xadrez estiver na moda, é assim que as bandas vão se vestir. Se o povo quer ouvir choradeiras e xurumelas, é isso que as bandas vão tocar. É lógica matemática. Isso explica porquê tanta banda parecida surge no mundo e explica as mudanças no estilo do artista, quando o contrato é assinado (como é o caso da cantora Avril Lavigne, que cantava country e depois do contrato passou a contar pop teen).
As gravadoras criam modelos, padrões, modinhas. Os indies lutam contra essa corrente. Eles querem, como o nome já diz, independência musical, de criação, de estilo. Eles podem até não atingir o número de pessoas que as bandas de gravadora atingem, ou não vender a quantidade de CD que essas bandinhas vendem, mas por uma simples questão mercadológica. Hoje em dia, eles não precisam nem da divulgação massiva de uma grande empresa, porque (duh!) já existe a internet e que, como a Mallu Magalhães pode provar, funciona, realmente! A mulher vende música que nem água e já emplacou matérias em vários grandes veículos. Confira na Folha de S. Paulo, no Estadão, na Época, e na Abril Digital.
Profetizando um tanto, as gravadoras estão com os dias contados! Ser indie é a mais nova tendência mundial!
2 Responses:
Na verdade, sempre houve estilos que funcionavam dentro do seu nicho mercadológico e não aceitavam pressões de grandes gravadoras. Como banda que faz a fama fora da grande mídia, temos o grande exemplo do Phish há pelo menos 15 anos, antes de se falar nesse termo "indie". Ou antes disso, com o Marillion (coisa de 20 anos), que demorou relativamente bastante para atingir o mainstream.
Na minha opinião, esse termo "indie" é só utilizado como mais uma maneira babaca de se sectarizar a música, que já tem estilos, subestilos, quase-estilos etc. demais. Mas concordo com o fato de as grandes gravadoras estarem perdendo força.
@RRRR mas acho que a gente precisa ver que FAMA é essa? Com certeza existem mtoooooos nomes da antiga que eram independentes... Mas, a escala de sucesso é outra.
Concordo com vc que o indie não tem nada a ver com essa tendência nova de mercado. Mas, que está acontecendo um fenômeno que as bandas indies estão aproveitando (e não criando, como acho que vc tbm pensa), isso está e como nunca antes.
Tbm acho que nada tem a ver com o tipo de música que essas bandas fazem e acho que é a própria indústria musical apresentando uma nova forma... Não que seja uma "anti-indústria fonográfica".
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