28.9.08

Rolling Stone : Satisfaction?!



Então, um dia você decide comprar uma revista. Dá uma passada na Banca, olha as opções. Não tá afim de ler as tragicidades de Veja, nem as tragi-comédias de Caras, muito menos as falsas tragédias da Bravo. Por isso, compra um Rolling Stone. Lógico, você compra com a total certeza que encontrará nas páginas dessa "enorme" revista [ela é estéticamente grande] algo sobre a cena musical. E qual não é a sua surpresa quando, nas páginas da revista, encontra uma parte chamada Política Nacional!!



Sim, a Rolling Stone não fala só sobre música. Ela pretende fazer uma miscelânea politico-capitalista-cultural-pop-rock-hippie-punk-hajeneesh [só para lembrar a música do Wander Wildner!].Os desavisados passam sim por um choque quando compram a Rolling Stone. Primeiro, porque graficamente a revista não é ousada, é uma cópia identica da americana, é totalmente diferente do que se pensa quando se compra uma revista sobre "cultura".É só pensar na diagramação da Bravo, embora os textos desta revista não sejam lá tão bons, ela é graficamente bonita, e diferente. Tá bom que no Brasil temos exemplos péssimos de design em revistas que falam sobre música, como por exemplo, a Roadie Crew, que consegue mostrar em seu design todo o heavy do heavy-metal (preciso confessar que as páginas coloridas da Roadie Crew, como você pode ver na imagem ao lado, combinada com o carnaval de fontes que eles colocam para os títulos do texto, foram uma das coisas que me fizeram desistir do estilo de música sobre qual ela fala, isso e o fato de que aprecio o máximo do minimalismo musical, nada de muitas guitarras e muita bateria em uma mesma música, me confunde!). E, indo para a minha infância/pré-adolescência, aquelas revistas que falavam sobre os Backstreet Boys eram horríveis. Coloridas, com muitas fotos, poucas informações e nada, nada inovadoras! Sem contar naquela idéia de que a revista toda se abria
para um poster único que, uma vez aberto, nunca mais conseguia se dobrar como fora outrora...

Voltando, Rolling Stone: a disposição das matérias e das propagandas é bastante misturada, numa página você lê a entrevista com Amy Winehouse, noutra você vê um anúncio de um carro meio-jeep, em outra, você se depara com o perfil do Estilo de um ator-global dando, seguido, como é de costume nas revistas de cultura, por uma listinha de coisas que o ator tem certeza que você, leitor (a) "Tem que Ter",noutra página, se depara com uma matéria sobre as armas e sobre a guerra em não-sei-aonde, e, como de costume, nas páginas finais você encontra as resenhas de CDS/DVDS/Shows/Filmes/Livros/Games (e quando você se cansa de ler dicas, eles ainda pedem para outras pessoas "famosas do mundo da música" te darem ainda mais dicas sobre bandas, músicas e cds, isso na última página da revista!).Já encontrei numa mesma Rolling Stone, uma matéria sobre as tropas brasileiras no Haiti, uma sobre o Star Wars , uma entrevista com um traficante de drogas e uma resenha do Show do Evanescence!

Agora, a pergunta que me fiz, e que acho bastante pertinente é : será que os que lêem são tão desavisados assim?! Vamos e convenhamos, a revista tem o mesmo nome da norte-americana, é quase uma franquia dela. Por isso, não acho que há tanto espanto por parte do leitor normal da revista. Mesmo quando ela foi lançada aqui no Brasil, em 2006, não trouxe nenhuma novidade, a "linha-editorial", permaneceu a mesma. As pessoas que procuram comprar a revista são aquelas que estão antenadas com o que acontece no mundo pop-rock, são aquelas que já conheciam, nem que fosse de dar uma folheada, a revista norte-americana.

Uma revista é uma marca. Esse conceito é elevado a enésima potência no caso da Rolling Stone. Quando falamos dela, quando a lemos, não lemos a revista no papel. Lemos a marca Rolling Stone. Uma revista de tanto nome que conseguiu ser tão ou mais conhecida que a banda com o nome similar. Mesmo com essas idiossincrasias, ela consegue vender o que pretende. Isso porque, antes mesmo de existir no Brasil, a revista já tinha um público. Tudo fica mais fácil quando se tem para quem vender. Quando já se conhece o seu leitor. A proposta da revista é conseguir conversar, usando o mesmo tom, com jovens do Brasil, dos EUA, da Argentina, da Inglaterra, da Turquia e da China. Uma revista cosmopolita, no final das contas. Uma revista que só é comportada em países que têm São Paulos e Xangais.




Enquanto isso, ainda prefiro os Rolling Stones que, por mais idiossincráticos que sejam nunca me decepcionam!


PS¹: Ainda teremos um tópico apenas analisando as capas da revista.

PS²: E, pra deixar bem claro, entre Beatles e Rolling StoneS , sou Beatles até a morte!!!!!!!

26.9.08

Último Motivo para ir ao Skol Beats

Oi, bonita... É o Skol Beats! Nada a ver com a propaganda de cerveja, ou mulheres e homens bonitos, ou gente rica e sorridente (Uhn, finaaa!).


O Skol Beats está se firmando como um grande festival de música eletrônica e ano após ano aprimora sua estrutura.

Então, amanhã, dia 27, os modernosos poderão ver:

Tenda Skol Beats
Mario Fischetti
Agoria
Anderson Noise
Dubfire
Steve Angello & Sebastian Ingrosso
Fabricio Peçanha
Murphy
Tenda Terra
Flow & Zeo
Marcelinho Cic
DJ MFR
Miguel Migs
Renato Cohen
Christian Smith
Propulse
Blake Jarrel
Palco
Killer on the Dancefloor
Montage
Mixhell
Justice
DJ Marky e MC Stamina
Pendulum
Digitalism
Armin Van Buuren
Gui Boratto
O Skol Beats vai rolar na Arena Skol no Anhembi e no dia do evento (caso os ingressos não se esgotem) os ingressos estarão R$120/R$60 para estudantes (informações do site oficial do evento).

24.9.08

Segundo motivo para ir ao Skol Beats

Muito mais cool que Angelina e Brad Pitt, e muito mais belos que David e Victoria Beckham... O casal agita pistas do Brasil e da Europa com mixagens de estilos que seriam inimigos mortais na ralé da música...

Falemos de MIXHELL!





A dupla de marido e mulher formada por "o cara" Iggor Cavalera (Salve!) e "a mina" Laima Leyton (que também é artista plástica) surgiu em 2005. Iggor era baterista do Sepultura, banda de heavy metal que tinha junto ao seu irmão, Max Cavalera. Max foi o primeiro a abandonar a banda. Logo em seguida foi a vez de Iggor. Hoje, eles tocam juntos com o Cavalera Conspiracy. E muitos dos fãs de metal curtem também o Mixhell...

Após o heavy metal do Sepultura, Iggor também decidiu continuar com novas "possibilidades sonoras": fazer alguma coisa com eletrônica, rock, funk, hip hop...
Tchãnam! Você terá a toda-poderosa The Kids R Alright!

Mas, são realmente muitas mixagens, sendo que elas têm também o dedinho do produtor e músico Max Blum.
Mixhell irá tocar no Skol Beats antes de Justice (amigos e ídolos do casal)!




Vale ver o casal, pai de cinco filhos; Laima curtindo o som enlouquecida e a bateria poderosa de Iggor no palco. Sensacional!

23.9.08

3 motivos para ir ao Skol Beats

De acordo com pesquisa realizada pelo Datafalha, elencamos três razões para você não perder o Skol Beats que acontece sábado 29, com atrações internacionais e nacionais trazendo o melhor da cena eletrônica, na Arena Skol Beats no Anhembi. Mais do que promover o evento, a intenção é mostrar algumas expressões musicais que podem marcar a nossa década (Uhn, profética!).

E a primeira delas como não poderia deixar de ser, chama-se:



JUSTICE




Do the Dance! Iggor Cavalera disse uma vez à MTV Brasil que o que havia de melhor em música hoje era o que vinha da França, com o exemplo do JUSTICE. Se ele falou, eu abençôo... E não me arrependo!

O som da dupla formada por Xavier de Rosnay, 26 , e Gaspard Auge, 29 é chamado electro-rock ao redor do mundo, graças às letras agressivas e ao visual rocker, incrementados com batidas da dance music e preocupações de design. Não à toa, os clipes do Justice logo fazem sucesso pela simplicidade de ações, mas repleto de conceitos (Rosnay era estudante de design gráfico).



A cruz já virou símbolo da dupla parisiense brilhando por todo o show repleto de músicas próprias e mixagens de outros artistas. O boom da dupla (no exterior) foi em 2006, com o estouro do remix de Never be alone do Simian, mas no Brasil após as camisetinhas engraçadas do D.A.N.C.E.! Só para deixar a coisa mais imperdível, o show de sábado será (pelo menos em teoria) o último da dupla. Parece que os fofos querem tirar umas férias...

Amy TooMuchWine-House

Não é novidade que a Rolling Stone tem as melhores entrevistas do mundo (É exagero!), mas dá para entender as razões! A fórmula:

pegue o maior ícone pop da atualidade

+

um repórter tão maluco quanto o
entrevistado

+

bata com força no ponto fraco do
artista
a cada edição até ele ficar com raiva e decidir dar a entrevista
para ser superior

+

consiga a qualquer preço sua entrevista.

O último elemento é ainda mais importante. Pois é literalmente!

Então, sem mais, (um dia ainda colocaremos trechos da história do Truman Capote e do Andy Warhol, mas fica para depois), quero fala sobre ela: Amy Winehouse. A diva do R&B que está ficando louca e, por isso, vai virar um mito.



Na Rolling Stone Brasil do último mês, a fofa aparece com o rostinho estampado e devastado pelo estrondoso sucesso (e algumas outras coisinhas) na capa. E vamos para entrevista... Que não é uma entrevista! É uma reportagem, mistura de entrevista, narrativa e descritiva em que a repórter fala de uma noite que passou com a cantora, misturando informações sobre sua carreira.

Então, vamos lançar um desafio aos repórteres do mundo! Se VOCÊ conseguir uma entrevista com Amy Winehouse (não vale depois do Rehab, tem que ser agora bem no meio do You know I'm no good), em que ela fale uma frase que faça sentido por mais de 30 segundos, você ganha um vídeo exclusivo das donas deste blog encarnando o Banana Split!

Brincadeira, nós faríamos de qualquer jeito, mas é simplesmente impossível falar com ela, pois digamos que a fofa não fala nada com nada. E a Rolling Stone, simplesmente consegue o melhor perfil traçado de Amy Winehouse até o momento! Sem mentiras e sem exageros. Você simpatiza com a moça, ao mesmo tempo que sente raiva pelo extremo talento jogado fora e dó pelo mesmo motivo. Tudo isso pela simples descrição de uma noite em que a repórter passou com Winehouse. Descrição: ambiente, a comida pelo chão, fotos de baixaria no PC etc.



Com certeza, até mesmo pela idolatria que Amy provoca, e pelo que provavelmente ela será no futuro (ou uma heroína morta, ou uma estrela pop que ressurge das cinzas), a entrevista marca a história da revista, da repórter Claire Hoffman, e ensina aos amantes da música, e por isso mesmo de personagens complexos demais, a contarem uma boa história.

Já leu a entrevista? Edição 24 da Rolling Stone Brasil (setembro).
Peça para o amiguinho ao lado que comprou, e diga que você empresta sua Piauí! Vamô lá, Brasil! Por revistas mais baratas e salários mais altos aos jornalista – e estagiários – do mundo.

10.9.08

Primeiro Post

O Primeiro do resto de nossas vidas!

Lógico que a intenção é falar de música. Porém, a música enverga em outros campos que mal podemos prever, como comportamento (o estilo Beatles conseguiu mudar uma década inteira); moda (estão todos copiando o jeito Amy Winehouse de se vestir, não que isso seja lá uma coisa muito boa); política e economia (Bono Vox e Chirs Martin tem mais em comum do que apenas virem das ilhas britânicas!); socilologia (tudo aquilo que alguém denotou "tribo musical" é uma forma de arranjo social, ih, rimou!); antropologia, antropofagia, artes..psicologia..psicografia..

Enfim..Tudo que o mundo da música pode apresentar de novo e de diferente na nossa vida.

Sejam bem vindos!

E MUITA Boa Sorte!