19.8.09

O que eu aprendi com o Prêmio Multishow 2009


Por que Marisa Monte é Marisa Monte e Ana Cañas não é d’Os Tribalistas

Por que Rita Lee é Rita Lee

Por que a gente aindaaaa fala de Caetano, Gil e Arnaldo Antunes


...Caetano, sofre...

17.8.09

quem segura o porta-estandarte

EEEEU, particularmente, não gosto... Mas, não minimizo a importância que a Nação Zumbi tem hoje na música popular brasileira e a referência que é na Europa e nos EUA. Todo louco que se preze, new-hippie-cibernético, ouve Nação Zumbi. O CD que revelou o manguebeat dos pernambucanos, Da Lama ao Caos, comemora 15 aninhos, uma verdadeira mocinha e para a festa, o Citibank Hall, em São Paulo, será arena para a segunda edição do Conexão PE.

O festival, que se chamava Temporal PE, terá sua segunda edição e junto com a Nação Zumbi, também estarão nos palcos o ator e compositor Ortinho acompanhado da banda A Zuada e o projeto Guizado, que segundo o release que recebi “não é jazz, rock ou hip hop, mas uma colagem original de tudo isso e mais um pouco” – uuuuuuuhnnn... Finos!

Além dos shows, também vão rolar a apresentação de dois curtas-metragens: Samydarsh – Os Artistas da Rua e O Mundo Cabe Numa Cabeça, exibidos nos intervalos do shows. Já disse que EEEEU, particularmente não sou muito afim, mas como eles são meio doidinhos, tenho que admitir que fico louca pra ir em um evento desses... Se alguém quiser, me emaia, me scrapa, me twitta que a gente combina e se joga no maracatu atômico...
Anamauê, auêia, aê!


Serviço:
Festival Conexão PE
18 de setembro de 2009 (sexta)
Citibank Hall - Alameda dos Jamaris, 213, Moema, São Paulo
Horário: 21h
http://www.citibankhall.com.br
R$ 40 (pista) e R$ 110 (camarote)

10.8.09

Gosto não se discute...se treina!

Adoradores do mundo pop é que me desculpem, mas um clássico é fundamental. Nada de falar de tendências, ou dos mais novos vídeos do YouTube [dos quais não faço ideia de que estejam ou não bombando]. Vou falar de um homem, um homem que poderá mudar a sua vida, um homem que, certamente, mudou a minha: Guido Anselmi.


Guido era um diretor de cinema que fez um tremendo sucesso com seu primeiro filme. Por isso, quando começa a filmar o segundo, as pessoas simplesmente caíram em cima do moço para que ele tivesse novas ideias, para que lhes desse empregos, para que fizesse mais outra obra prima. Ele era um mulherengo de marca maior, manteve uma amante a qual desprezava, uma esposa que tratava com alguma indiferença e uma musa que ora reverenciava, ora não dava lá muito atenção.

Ele, logicamente, é fruto da mente e da vida de Federico Fellini, o maestro do Cinema Italiano(o meu diretor mais preferido de todos os tempos =DD ). Fellini sofreu uma imensa pressão logo após o final de "Doce Vida", em 1960. Todos queriam ter, ver e sentir um pouco mais da genialidade do italiano de perto, todos faziam pressão para que fizesse um outro filme genial.

O resultado de toda essa pressão é o filme metalinguístico e ensimesmado "8 e 1/2", de 1963. Guido, interpretado brilhantemente por Marcelo Mastroianni, nos mostra um pouco da displicência e da pressão que sofre um artista. Fellini, por sua vez, nos mostra o que o diferencia do resto, da ralé do cinema mundial.

Todos sofremos por crises de carreira, de ideias, de personalidade. Uma atrás da outra, algumas se escalonam. No mundo da música, então, diveeeersas crises passam pela cabeça dos pobres rockeiros. Bandas que não conseguem manter o ritmo dos álbuns, bandas que parecem piorar. Os Strokes, por exemplo, foram chamados de "os salvadores do rock and roll" quando lançaram o primeiro álbum "Is this It" em 2001. "Last Night" foi tocada à exaustão, outras músicas desse cd também. Sofreram uma imensa pressão, tanto que, em 2003, lançaram o morno "Room on Fire". É, deixaram de ser os queridinhos da imprensa.


"Foi aquela maldita pressão", falam os fãs, "A mídia não deveria ter feito tanto alarde" ou "Foi muita expectativa". É, minha gente, quanto maior o salto, maior a queda. Mas, é aí que Fellini, aquele diretor italiano dos anos 60, e até mesmo, Guido, se diferenciaram. Quando pressionado, os diretores [o de verdade e o de mentira] resolveram olhar para si próprios para descobrir onde estava a verdadeira expressão, em que lugar se escondia aquela criatividade que antes brotava tão facilmente?

Fellini não se dobrou ao que era dito sobre ele. Pode ter sofrido uma pressão terrível, mas se saiu com seu melhor filme - na minha opinião. Seu filme mais verdadeiro. Aquele em que se expõe mais.

Existem pessoas desesperadas para idolatrar, e outras igualmente desesperadas para serem idolatradas. As ideias se casam, é quase perfeito. A diferença reside em uma pergunta que sempre me faço: quais deles valem a pena? Quais artistas são verdadeiros, e quais são uma brisa? Não chego a dizer que são falsos, pois mesmo bandas de um hit só fizeram uma música, UMA música, UMA obra.

É nessa hora que se diferencia gênios. Fellini se colocou nas telas, Guido fez a mesma coisa [para quem já viu o filme, por favor, falem sobre a íncrivel cena de todos no cinema olhando os testes de atrizes, e a mulher de Guido se olhando interpretada por outra, aquilo é pura maestria!], quais músicos tiveram a mesma coragem? A ousadia de falar o que pensavam, de se colocar no palco e gritar o que queriam?

Sei que as respostas dessas questões vão esbarrar em termos empresariais. Daria para discutir sobre o público, e até mesmo, sobre a Rolling Stone e todo o circo que a mídia faz em cima de pessoas que mostram um pouco de talento. O meu ponto aqui é que idolatrias não vem de graça.

Cacilda Becker costumava falar "Não me peçam de graça a única coisa que tenho para vender", quando lhe pediam para que fizesse peças de graça. Pois então, vocês leitores, nós ouvintes, não podemos vender de graça, vender fácil o nosso único poder sobre a arte: o gosto!!

Refinem-se, observem, analisem, critiquem, comparem, não se deixem enganar. Talentos são raros. Mas genialidades, são mais raras ainda.



(@delira)

7.8.09

Música de rua

Antes de sair para o show do Cachorro Grande que vai começar daqui a duas horas, nós queremos compartilhar no maior espírito de confraternização, de amor, de paz e super impressionadas com a lua que está fazendo lá fora (estamos piegas também...), o vídeozim gracim que todo muuuundo já viu, menos “ieu”, mas que acabei de ficar chocada...

O projeto do Mark Ronson, produtor incrível, tudo de bom, que ainda é gato (pelo menos para mim) que está com o projeto “Playing For Change”, que reúne músicos de rua de todo o mundo, e que mostra que a música que realmente emociona as pessoas, pode ser aquela que é tocada ali ao seu lado. Maravilhoso!


1.8.09

Clipe novo do Coldplay

Eu já havia postado isso no meu blog pessoal (novinho, a propósito!), mas não posso deixar de colocar aqui. O clipe de Strawberry Swing do Coldplay é uma fofura!




Não curto muito Coldplay, acho todas as músicas iguais (mas acho Shiver linda e gosto de Yellow também) e detesto o excesso de falsetes do Chris Martin. Mas amei esse clipe, e a música é diferentezinha também. E os dois casam tão direitinho!

(@anaPrado)