31.7.09

Psicodelia Canina

Não é gripe suína, mas se alastrou em velocidade meteórica (piadinha medíocreee)! A gripe dos anos 70 pegou muitos roqueiros por aí... Maaaaaas, sem críticas, pois isso é natural.

Não é só no rock. Estamos numa fase em que a moda, a arte e o design querem recuperar os anos 70 (do início com 1968)...

E vamos direto ao assunto: A banda Cachorro Grande, dez anos de estrada, está de CD novo e a sonoridade é (adivinhaaaaaaa??) com uma pegada dos anos 70. Os instrumentos foram alugados de um colecionador para que o disco fosse gravado de uma forma vintage. “Cinema” é o nome do novo álbum, e conta a história que o super guitarman Marcelo Gross (sobrenome muito legal de se falaaaar) sugeriu o título enquanto eles gravavam algumas sonoplastias, como efeitos especiais e barulho de gaivotas... E aí, rolou, né?!?!

E não são as únicas referências à sétima arte. A música “Amanhã” é inspirada em um diálogo de Mar Adentro, de Alejandro Amenábar, e “Pessoas Vazias” foi inspirada em um filme do ator Peter Sellers, que ninguém sabe o nome.

Entre os dias 7 e 8 de agosto, a Cachorro Grande vai estar em Sampa, no Sesc Pompéia, com um repertório de músicas novas e antigas.

Self Service:
Cachorro Grande no Sesc Pompéia
7 e 8 de agosto
Rua Clélia, 93 - Pompéia - São Paulo - SP
Horário: 21h
Ingressos: R$ 20/ R$ 10 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante) / R$ 5 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes)
Informações: (11) 3871-7700
Não recomendado para menores de 12 anos

Enquanto isso, making of das gravações de “Cinema”!

24.7.09

Na rua Abbey



E chegou o dia que tanto queria: Vou falar de Beatles aqui no Amplifika!! Aliás, vou falar SÓ de Beatles [sinto que sempre nos meus textos sobre música acabo colocando mais Beatles do que deveria...rsrs]


E por que, escuto vocês me perguntando. Fácil respostas, queridos padawans : uma matéria do Jornal da Globo. Já estava quase indo dormir, e a fechar o livro que me acompanha nesses dias ["O Clube do Filme " de David Gilmour, recomendo!] quando vi a matéria sobre os 40 anos do Abbey Road no JG.

Pois bem, fui dar uma olhada, e vi que eles estavam um pouco errados na data.O Abbey faz 40 anos em agosto. Mesmo assim, vale a intenção. E o ano está correto. Enfim, se isso serviu pra pautar Beatles no meu jornal de tv preferido, para mim está de ótimo ganho.

Bem, para vocês desavisados-desconhecedores-de-beatles e afins, o Abbey Road é este album:

Ahhh!! Mas com certeza você já o viu em algum lugar! Em algumas das 1544 reproduções e brincadeiras e referências a ele no mundo pop, rock, grunge, animado e por aí vai. [e sobre as teorias da conspiração que tem por detrás desta capa "misteriosa", que, na real, foi feita porque os Beatles não tinham mais ideias para artes de capa, e acharam, no minimo, interessante fazer uma homenagem ao estúdio em que gravaram os seus sucessos, essa rua "Abbey" era onde ficava os estúdios que eles gravavam...o estúdio Abbey Road...gente sem criatividade...]

Mas, este é um blog de música, não é mesmo?! Pois bem, falemos sobre música! Muitos beatlemaníacos concordam em dizer que este é o melhor album dos Beatles. Apesar dele ter sido gravado com os Beatles brigando constantemente, e quase tocando separadamente. Desde as turbulentas gravações do White Album [o meu preferido, cof-cof] as coisas não andavam bem entre os Beatles. Eles fizeram o Abbey dependentes do talento individual, tanto que nele conseguimos ver [e escutar] composições individualíssimas de cada um deles. Até uma do Ringo!

É estranho de se dizer que os dois melhores álbuns dos Beatles foram feitos sem que eles estivessem bem com eles mesmos. Sem que eles estivessem num clima bom, como amigos. Eram mais músicos compondo, músicos trabalhando.

No "Abbey" temos, pelo menos, sete músicas incrívreis!Eu sei que é dificil tomar a palavra de uma beatlemaníaca como verdadeira quando se trata de músicas dos próprios. Mas, se quiserem saber, estou sendo até um tanto dura com o Abbey, se for comparar com outros beatlemaniacos.

Estas sete são, pela ordem:

1. Come Together - Essa música é puro John Lennon. Não é a toa que ele a cantava, tão a vontade, quando começou a carreira solo. Os jogos de palavra, a intencionalidade política [essa música foi criada para uma campanha de um amigo dele, looonga história!] e , é lógico, o nonsense. O ritmo dela é mais puxado para o blues, é uma pegada mais antiga, mais voltando aos anos 50. Ela é envolvente, o compasso da bateria, a levada da guitarra. Não é a toa que ela é a primeira do álbum. Ela abre com apetite, faz com que você queira escutar mais, e saber que doidos são esses que se denominam "rockers" mas colocam uma música dessa logo de primeira.

2. Something - Primeira de duas músicas de total autoria de George Harrisson. Uma das coisas que mais gosto de fazer quando escuto uma música dos Beatles, é tentar adivinhar quem escreveu e compôs. Eles conseguiam se diferir tanto, que as músicas, os estilos saíam diferentes. George escreveu essa música para a mulher dele na época Patti Boyd, a mesma que ganhou a música "Layla" do Eric Clapton [depois de um bafãão envolvendo ela e os dois guitarristas]. Olha, ela devia ser muito boa para ser musa inspiradora dessas duas músicas!Particularmente, gosto de uma parte da letra quando ele fala "and all i have to do is think of her". Agora, falemos em experiência de álbum. Vc coloca, escuta come togehter, sexy as hell, e passa para a romântica Something. Sim, eles estavam comemorando o amor com este álbum. Só podia ser!

3.Oh!Darling - É a quarta música do CD. E, possivelmente, a música mais sexy dos Beatles. Se as músicas acima eram a cara dos seus compositores, pois bem, Oh!Darling é a cara de Paul McCartney. Ela mistura um ritmo e uma voz sexy com uma letra romântica e sensível. Assim era o sr. McCartney, essa dualidade. Enquanto o Lennon era o escrachado, era aquele que falava tudo errado, nas piores horas, Paul era muito mais comedido, muito mais simpático, era o beatle "certinho", mas era tão sujo quanto o Lennon, tão depravado quanto. Nem sei por onde começar a falar dessa música, eu realmente gosto dela. Mas, como o post tá ficando grande demais, vou me ater à voz rasgada que o Paul faz do meio para o final de "Oh!Darling". Antes as vozes rasgadas eram coisas do Lennon [em "twist and shout" ele estava, literalmente, cantando com a garganta, ou com o que tinha sobrado dela]; Paul pegou o rasgado do rock, e transformou nisso. O apuro técnico, a nerdice dele, vinha até nisso: ele transformou a música em R&B!!!

4. I Want You (She is so Heavy) - Ia falar dos experimentalismos dos beatles na música acima. Mas lembrei dela, de I Want You. Ela tem dois nomes porque eram duas músicas distintas que eles decidiram juntar. Eles tinham feito algo parecido em "A Day in the Life", do Sgt. Peppers. A diferença é que na do Sgt., as letras tinham influência uma na outra, na do Abbey, não muito. Elas, as letras, me parecem ser coisas de Lennon e McCartney, juntos. O que chama atenção nessa música? Bem, muitas coisas. Aponto 3: 1. a duração , longos 7:47!Os Beatles faziam músicas pequenas, de no máximo 3 minutos, quando as músicas passavam disso, elas tinham que ter uma letra MUITO boa para acompanhar. Não é o caso de I Want You. 2. A letra, composta pelas duas frases que dão título a ela. Cantadas por Lennon e Paul. Brincando com a voz. Minis-falsetes, vozes rasgadas, duplas vozes e até, o cantar "inocente" convivem nessa música... 3. Os intrumentos: baixo, guitarra e sintetizador. No começo, parece que a guitarra canta com o Paul Depois, dá impressão que o baixo canta com ele. No final, é apenas o sintetizador. E você percebe, não precisa de mais nada nessa música, ela é viajante. [Alguns críticos musicais e historiadores musicais falam que esta foi uma das primeiras músicas de rock progressivo....]

5.Here comes the Sun - Segunda do George. Mais George impossível. Ele conta que escreveu essa música ao ver o nascer do sol na varanda da casa de Eric Clapton. E que música mais deliciosa de se escutar. O otimismo da letra, e os dedilhados no violão. Essa música, como a próxima sobre a qual falei, tem partes cantadas por George e Paul ! Falo mesmo por mim quando digo que acredito que o sol virá de fato quando escuto essa música. O interessante de se perceber nas músicas que o Harrisson faz, é que ele sempre coloca algo a mais na guitarrra. Como um belo guitarrista que era, gostava de dar umas floreadas, colocava solos. Mas, no caso dessa música, as guitarras se rebaixaram à simplicidade, e a simplicidade é o algo a mais! Harrisson canta sobre o sol, e sobre como tudo vai ficar bem, não precisava de mais nada.

6.Because - Uma boa experiência com Beatles, se posso te dar um conselho, leitor: feche os olhos, e escute a essa música. Pura e simplesmente. Não precisa aumentar o volume, não precisa ver nada, apenas escutar..."just because". Não tem palavras. A primeira vez que escutei essa música, fiquei arrepiada, com as vozes dos três em perfeita harmonia. O álbum começou sexy, passou para algo mais leve, e agora, começou a cair um pouco. Essa música, de tão bonita, chega a ser triste. Quando eles cantam e aumentam o tom de voz no "turn me on". Novamente, eles usaram o sintetizador. A composição é do Lennon, com toda a mensagem do amor. Acho que precisam escutar para entender quando digo que não tem muito o que dizer sobre ela... Ás vezes não se sabe como descrever um quadro bonito, ou uma cena fantástica de um filme...Ai, a arte!

7. She Came in trough the Bathroom Window - Te desafio: escute essa música uma vez, e me diz se não fica com ela na cabeça! É uma música pequena, rápida, com uma história interessante, e algumas imersões de símbolos ligados às drogas. E, pasmem, foi Paul McCartney que fez a letra! Musicalmente, ela não é tão incrível quanto as de cima, apenas a bateria dela que é muito boa. Ringo era conhecido por saber dar a cadência certa, e saber, olha que coisa idiota, usar as duas baquetas com a mesma força, algo que dava uma certa harmonia para o som da bateria dos Beatles. Essa música tem uma leve mudança de ritmo quando chega no refrão. Gosto bastante. Ainda mais porque ela me faz lembrar eu e uma das minhas melhores amigas completando a frase cantada uma da outra em "she would steal, but she could not robb"!

Gente, se pudesse, escreveria sobre o álbum inteiro. Mas acho que essa é a minha mensagem. Cada álbum é uma obra completa, e as músicas nos mostram um pouco da mensagem final da obra. O "Abbey" consegue condensar, em si, toda a história dos Beatles. Resquícios de cada fase. Talvez por isso, seja considerado um dos melhores.

Acho que isso não acontece apenas com os Beatles. A única diferença é que apenas sobre os fab4 que sei discursar assim.

23.7.09

Pitty, meniníssima!

Eu não sou muito fã da fofa, mas confesso que fui fissurada nos tempos do primeiro álbum, quando eu ainda ia para todos os festivais de bandas estudantis para ver meus amigos tocarem e o que se ouvia era CPM, CPM, CPM... Velhos tempos de “Regina, Let’s go!”.

Era bizarro, mas eu gostava, tá?

A questão é que tirando o “decepçõõõõõennnns” do início da música e o “ffffffoda” (não pelo palavrão, PORRA, mas pelo ffffff) eu adorei ver a volta da Pitty, mininaaa! Adorei a musiqueta, adorei o vestidinho, o cabelo que está lindo, o estilinho... Praticamente o estilo de quem saiu do Hangar, para tocar na DJ Club... Uma fofíssima, fina e feminina!


Seu novo álbum que será lançado dia 11 de agosto, pela Deckdisc, se chama Chiaroscuro. O clipe da música “Me Adora” (a tal da foférrima) já está no YouTube, e foi dirigido por Ricardo Spencer.


20.7.09

Siiiiigura Peão!

Como propaganda é a alma do negócio e relembrando minhas origens de assessora num passado longínquo... Vim falar nesse post de uma entrevista incrível-de-maravilhosa-de-tudo-de-bom que fiz com a superparceira baterista Camila Pastorelli pra Revista Globo Rural... Com os superfofos Sérgio Reis, Cézar e Paulinho e Gian e Giovani.

Como eu quero reverter clicks para o site da corporação rs rs Toma aí o link da entrevista com um vídeo incrível feito pela Camila e editado pela Fê, com uma capelinha maraaaaa...

Agora contando um pouquinho do off interview: eu quase gritei quando o Gian e Giovani tocaram Ainda Ontem Chorei de Saudade (vai lá no link, teimosia! Assim ocê vê tamém), música de Moacyr Franco, que me lembra muitas coisas. A primeira vez que eu ouvi essa música foi nas vozes da dupla João Mineiro e Marciano. Os anos em que eu ia para as Gerais passar as férias na casa da minha tia Ana, os CDs de sertanejo que ouvíamos toda vez que pegávamos estrada (viajar para meus pais é sinônimo de overdose de sertanejo! rs)...

Durante a entrevista, os cantores falaram muito do apoio deles às novas duplas. E uma coisa que eu nem tinha parado para pensar: sertanejo universitário. O Sérgio disse durante a entrevista que o jovem universitário que vai estudar no interior sempre foi um público do sertanejo... Ou seja, o tal sertanejo universitário já existe há muitooooooo tempo... E eu lá com aqueeeela cara de rocambole na frente do Serjão, como se tivesse descoberto o Brasil!


Também rolou de eu tomar uma bronca da minha vó nesse final de semana, porque eu não falei dela para o Gian e Giovani... Vó de piriguete, né?!?!
Vai lá e dá uma olhadinha na entrevista que para quem gosta de música regional, vale muito a pena!

Agora de volta a nossa programação normal: Chora, me liga! (Que não "embedo" no blog pois teria o protesto de todas as garotas do Amplifika... G-zus, apaga a luz!)

3.7.09

Comercial mais fofo do mundo

Nós amamos criancinhas fofas, e ficamos doidinhas com esse comercial! Ok que em alguns momentos dá um pouco de medo, mas esse bebês patinadores são o máximo!



A campanha é novinha - a marca colocou esse vídeo no YouTube no dia primeiro de julho, e ele já tá com quase 600 mil exibições. (Opa! Enquanto eu escrevia este post, subiu pra mais de 700 mil)

Podia rolar um Jordy de fundo.

E um mês antes tinha o teaser, com um bebê fazendo o MoonWalk.



Fofuuuuura!